RELATÓRIO DE PESQUISA

Que estilo de vídeo as grandes universidades usam para ensino?

LIBÂNIA PAES | NOVEMBRO DE 2015

Relatório apresentado ao GVPesquisa

Um dos maiores desafios hoje para um professor é manter a atenção do aluno. Quando o assunto é ensino à distância, essa dificuldade é ainda maior. O participante de um curso à distância ou de uma disciplina online tem à mão uma enorme gama de opções: Whatsapp, notícias, vídeos fofos de gatinhos, séries da Netflix. Aliás, o próprio mundo dos vídeos pode levar o expectador a perder o foco. Eu, por exemplo, já parei um vídeo para pesquisar algo que foi falado e, umas duas horas depois, nem me lembrada de qual foi o ponto de partida.

Para piorar, alguns vídeos não necessitam realmente da visão. Já assisti aulas em que o áudio é interessantíssimo, mas a imagem é apenas o professor parado, falando. Nessas horas, é fácil manter somente o ouvido atento e deixar o olho vasculhando outras coisas – como posts do Facebook.

Para poder pensar nas possíveis soluções, realizei uma pesquisa em 2014 para entender como as grandes universidades trabalham seus conteúdos em formato de vídeo. Para isso, estudei os produtos de alguns MOOCs – Massive Online Open Courses.

Nestes programas, os vídeos são na maioria curtos, com menos de dez minutos de duração. Quando são maiores, a plataforma “quebra” o vídeo em “capítulos”, colocando atividades entre eles. Há diferenças entre a área do conhecimento: disciplinas de Exatas demonstram mais em quadros brancos, por exemplo. As de Humanas preferem expor o professor na tela.

Os vídeos que mostram os slides e o professor falando ao fundo são ainda maioria. Entretanto, muitos deles já têm um aspecto de documentário, fugindo do modelo “parado” tradicional. Isso envolve aumento de custo e tempo de produção.

Você pode ver o relatório completo aqui.